"Absinto" é uma bebida destilada feito da erva Artemisia absinthium. Anis, funcho e por vezes outras ervas compõem a bebida. Ela foi criada e utilizada primeiramente como remédio pelo Dr. Pierre Ordinaire, médico francês que vivia em Couvet na Suíça por volta de 1792.É também conhecido popularmente de fada verde em virtude de um suposto efeito alucinógeno. Absinto, o blog, é um espaço para delírios pessoais e coletivos. Absinte-se e boa leitura.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Pra lá dos contos de fadas




Breve conto sobre "feminismo" moderno.
Era uma vez um jovem que passeando com o amigo pelo mundo chegou a uma aldeia bem pequena e nela encontro uma bela jovem por quem logo se apaixonou. No primeiro dia, após a primeira noite de amor entre o jovem e a jovem, a moça não mais arrumou seus longos cabelos como tranças, mas os prendeu em um coque, como era o costume das mulheres casadas por ali. Ele despediu-se do amigo e resolveu ficar.

Viveram felizes, quase sempre, por dois anos. Então, o moço e a moça já não mais se olhavam com a mesma paixão, já não tinham mais os mesmos ideais e resolveram se separar.

O moço, mochila nas costas, partiu em busca de novas descobertas. A moça cortou os cabelos e passou a vida a escrever poemas.

Porque, um dia, foram dois, que não eram um, e que nunca mais seriam os mesmos.

P.S. Poderia ter dito que a moça passou batom e foi à luta. Mas aí já seria conto de fadas.

2 comentários:

  1. Adorei! Quando dois que se amam não são Um , as coisas se complicam. beijos,tudo de bom,chica

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  2. Alexandre, vou repetir aqui a reflexão que uma amiga fez no Facebook porque não conseguiu postar aqui.

    "Gostei muito, Malu Machado da releitura do "Conto de Fadas". O passado presentificado trouxe uma abordagem que mostra a mulher que fica, e o homem que vai. Gostei da proposta da visão que você alegoricamente mostrou de ruptura da mulher. Ou, melhor dizendo, uma pseudo ruptura: nem cabelos de trança, nem coque. Um corte de cabelos. Ela numa zona cinzenta em que as mulheres ainda ficam quando sozinhas, sem par, um limbo. Por muito que os tempos e as pessoas mudaram, não se mudou a contento para o universo feminino.
    Seu texto me deixou pensando: e o homem, como ficou? Como foi? Apenas com a mesma mochila nas costas que chegou. Será que os dois nunca mais foram os mesmos ou apenas a mulher nunca mais foi a mesma? Estou a pensar...
    Tempos modernos. Tempos passados..."

    Comentário da Regina Garcia

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